Cronologia: Alberto Santos Dumont
1871- Engenheiro, formado em Paris, Henrique Dumont dedicava-se a atividades profissionais relacionadas às minas de Morro Velho, residindo com sua família, já constituída de cinco filhos( Henrique, Maria Rosália, Virgínia, Luiz e Gabriela), na Fazenda Jaguará.
1872- Henrique Dumont assume a empreitada de construir o prolongamento da Estrada de Ferro Central do Brasil, no trecho a partir de JOÃO GOMES(Palmira), vencendo a Serra da Mantiqueira. Transfere-se, com a família para as proximidades do obra, indo residir no sítio denominado CABANGU.
1873- JULHO 20- Dia do aniversário de seu pai Henrique, nasce no CABANGU o menino ALBERTO. Sexto filho do casal. Cabangu estava situado no distrito de João Gomes, que se transformou na cidade de PALMIRA, hoje Santos Dumont.
1891- Primeira viagem de ALBERTO à Europa. Descobre o motor a petróleo”Parei diante dele como que pregado pelo destino”. Diante desta extraordinária descoberta, sentira a possibilidade de tornar reais todas as fantasias de Júlio Verne, seu autor predileto. Decidiu estudar Mecânica, em Paris.
1892- AGOSTO, 30- Falece, no Rio de Janeiro, o chefe da Família Dumont. No esplendor da glória Santos=Dumont, escreveu: Só uma saudade me fazia triste- era a ausência de meu pai “.
1898- JULHO,4- Depois de trinta ascensões em balões, projeta e voa o seu “PRIMEIRO BALÃO- O MENOR- O MAIS LINDO- O ÚNICO QUE TEVE NOME- BRASIL.”
1901- OUTUBRO, 19- Está pronto o “S=D 6”- 33 metros de comprimento; 8 de altura; 622 metros cúbicos de gás; motor de 20 cavalos; hélice de duas asas com 4 metros de envergadura. Com ele, neste dia, perante incalculável multidão, toda Paris de olhos para o céu, partindo de Saint Cloud contornou a TORRE EIFFEL e voltou ao ponto de partida, em 29 minutos e 30 segundos. Estavam ganhos pelo brasileiro o afamado “Prêmio Deustch de La Meurthe” e a consagração universal.
1903- JULHO, 14- Pilotando o “S=D 9”- A Balladeuse- SANTOS=DUMONT participa de uma parada militar em Longchamps perante 50.000 soldados, espectadores calculados em 200.000 e todas as autoridades, inclusive o Presidente Loubet. Esta foi a primeira apresentação de uma aeronave a um Exército. Foram trocados célebres documentos entre Santos =Dumont e o Ministro General André.
1903- SETEMBRO, 7- Chegada de SANTOS=DUMONT ao Rio de Janeiro a bordo do “Atlantique”. Consagração popular. Serenata de Eduardo das Neves: “A Europa curvou-se ante o Brasil”. Viaja a Minas e São Paulo, regressando a Paris nos princípios de outubro. Passa por Palmira onde é recebido com festas e visita a casa de Cabangu. Preciosa fotografia com José Abreu, Carlos Pitella, Jacques Pansardi, Joaquim Cunha, Nicolau Albanese, Policarpo Rocha, Capitão Jacinto, Israel de Carvalho, José da Cunha Carvalho e Capitão Lami, na porta do Hotel, encontra-se no Cabangu.
1906- SETEMBRO- Vencida a fase dos desenhos, a nova máquina estava pronta: media dez metros de ponta a ponta da asa e doze metros de comprimento, muito parecida com os planadores da época. Um motor “Antoniette’, de 24 HP, movia uma hélice propulsora, instalada à ré. A estrutura principal compunha-se de uma série de hastes de bambu, recobertas com seda fina reforçada com estais de corda de piano. Para se adextrar no comando SANTOS=DUMONT, depois de outras tentativas, ergueu-a no “S=D 14”. A máquina passou a ser chamada “14- BIS”.
1906- OUTUBRO, 23- Convocado de véspera, o Aeroclube, em BAGATELLE, perante jornalistas fotógrafos e uma nova multidão. Depois das experiências pela manhã, às 16 horas, SANTOS=DUMONT assume o comando do 14-BIS, faz um gesto ao público, para que se afaste, aciona o motor, e a hélice roda apressadamente. Há uma grande expectativa e emoção generalizada. As rodas do aeroplano começam a andar... o grande pássaro vai tentar o vôo. Estava lançada a semente da aviação: um vôo de mais de 25 metros.
1908- OUTUBRO- A aviação, já em franco progresso, com sucessivas provas vencidas- dez anos depois de seu “S=D 1”- surge de novo, no cenário mundial, o brasileiro de Cabangu, com uma outra versão do “Demoiselle”, tão pequeno que transportava em automóvel ao Campo de Saint-Cyr, onde voava abundantemente.
1913- OUTUBRO- Inaugurado o monumento de Saint Cloud, com o qual o Aeroclube de França, de novo reverencia e consagra o pioneiro. A França ofereceu a SANTOS=DUMONT uma cópia deste monumento, que é hoje mausoléu da família, no Rio de Janeiro.
1918- SANTOS=DUMONT vem a Palmira, sua cidade natal, se ocupar da casa onde nasceu, que lhe foi doada pelo Governo, pela qual se interessara desde 1914. Dela fez o primeiro precioso Museu aeronáutico, colocando-lhe a placa com dizeres: “ESTA CASA, ONDE NASCI, ME FOI OFERECIDA PELO CONGRESSO NACIONAL COMO PRÊMIO DOS MEUS TRABALHOS. SANTOS=DUMONT, AGRADECIDO”.
1918- Residindo na “Encantada”, em Petrópolis, escreve e edita o seu segundo livro- “O que eu vi- o que nós veremos”.
1928- DEZEMBRO, 3- Cansado e enfermo, SANTOS=DUMONT, regressa ao Brasil, a bordo do “Cap-Arcona”, oportunidade em que o navio é sobrevoado, em alto mar pelo “DO-X”, o maior avião do mundo, na época. Ao chegar ao Rio de Janeiro, recebido com excepcionais homenagens, sofre rudemente a queda ao mar do hidroavião “SANTOS=DUMONT’, sepultando seis notáveis intelectuais brasileiros”.
1932- JULHO, 14- Última mensagem de SANTOS=DUMONT aos seus patrícios: “Um apelo de quem sempre visou a glória de sua Pátria dentro do progresso harmônico da humanidade”.
1932- JULHO, 23- Com 59 anos de idade, falece em Santos, na praia de Guarujá, onde residia, ALBERTO SANTOS=DUMONT. Os seus despojos foram depositados na Catedral de São Paulo, e posteriormente trasladados para o Rio de Janeiro.
1949- FEVEREIRO, 9- Instala-se em Santos= Dumont a “Fundação Casa de Cabangu” com o objetivo de congregar todos os brasileiros para a proteção da casa natal de SANTOS=DUMONT, já tombada pela Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
1956- JULHO, 18- Pelo Governador José Francisco Bias Fortes e o Secretário Abgar Renault é promulgado o Decreto Nº 5.057 que cria o Museu da Casa Natal de SANTOS=DUMONT, a ser instalado no Cabangu.
1964- NOVEMBRO, 16- O Governador José de Magalhães Pinto sanciona a Lei Nº 2.953, votada pela Assembléia Legislativa de Minas Gerais, que considera data cívica o dia 23 de outubro, dispondo a promoção de comemorações na cidade de Santos Dumont, berço do Pai da Aviação.
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